Um trabalho que conta com a participação da UFSM está facilitando o processo de certificação de granjas de reprodutores suídeos, uma atividade de grande importância econômica que requer um nível sanitário adequado. Empresas e produtores que atuam na área e precisam se submeter à legislação específica para a realização de coletas e certificação já podem utilizar a assinatura gov.br. Entre as vantagens estão o aumento na confiabilidade, agilidade, transparência e, também, a rastreabilidade dos processos de certificação, que agora são feitos de forma totalmente online. Além de ser um processo ágil, o uso da solução digital permite a verificação de todas as etapas dos processos pelos produtores e empresários.
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A ferramenta e o projeto
A disponibilização da assinatura gov.br, ferramenta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), inseriu-se em um projeto de pesquisa que vem sendo desenvolvido na Universidade relacionado à predição de doenças nos processos de Granjas Reprodutoras de Suídeos Certificados (GRSCs). Intitulado “Aplicação de técnicas de machine learning para predição de prevalência de doenças no processo de granjas de reprodutores de suídeos certificados e ficha epidemiológica mensal de suínos”, o projeto conta com financiamento do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).
O trabalho é realizado no Laboratório de Computação Ubíqua, Móvel e Aplicada (Lumac), localizado no Colégio Politécnico. O professor Vinícius Maran, que coordena o laboratório juntamente com o professor Alencar Machado, explica que o projeto contempla a definição de vários algoritmos, alguns deles diretamente relacionados à coleta de amostras por produtores vinculados às GRSCs e que desejam encaminhar o processo de certificação destas granjas.
O projeto de pesquisa é desenvolvido em parceria com o Ministério da Agricultura (Mapa) e a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, que compõem o serviço oficial responsável pelas normativas e acompanhamento dos processos de certificação de GRSCs, e são as entidades que, juntas, emitem um certificado. Desta forma, segundo Maran, o trabalho da UFSM tem sido bem próximo a essas entidades. Também participam deste trabalho no Lumac servidores técnico-administrativos, alunos de iniciação científica e de pós-graduação em Computação.:
– O trabalho com o MGI iniciou quando surgiu a necessidade de integração dos softwares desenvolvidos até o momento no projeto com o login único do gov.br e assinatura avançada do gov.br. Todo o processo de homologação dessas tecnologias com sistemas de terceiros é feita pela equipe do MGI – relata.
Etapas
O projeto teve início em abril de 2022, mas a elaboração relacionada à assinatura digital iniciou em abril de 2023, com o processo de homologação finalizado em junho. A próxima etapa prevê uma série de treinamentos presenciais e remotos com produtores sobre as ferramentas desenvolvidas até o momento. Segundo Maran, estes treinamentos serão essenciais para o andamento das próximas etapas, pois a partir dos dados informados pelos produtores serão desenvolvidos algoritmos de aprendizado de máquina para realizar a predição de doenças nos processos das granjas reprodutoras de suídeos.
Responsáveis por GRSCs já estão habilitados para utilizar a assinatura avançada do gov.br na Plataforma de Defesa Sanitária Animal (PDSA-RS), que também foi desenvolvida na UFSM e que é utilizada ainda por outros segmentos, tendo mais de 800 usuários ativos. Atualmente, o módulo está sendo utilizado por mais de 60 produtores de granjas de suídeos.
*Com informações da UFSM